miércoles, 26 de marzo de 2008

Dios y el disco duro


Painel Ciencia e Cultura


www.unimep.br/fc/painelonline/painel42_03b.htm


Para falarem de Deus, as pessoas sempre usam metáforas. Por quê? Porque ninguém nunca o viu e nem sabe como ele é. No início da Modernidade, inventaram os relógios mecânicos. Existiam os relojoeiros que os faziam e os suíços se especializaram nisso. Mas, de repente, teve um homem que pensou o seguinte: Deus deve ser um grande relojoeiro e o universo deve ser o seu relógio, já que tudo anda certinho... Este homem usou uma metáfora para entender Deus e o universo.


Agora, os relógios viraram coisas banais, mas temos o mundo dos computadores. Pois, bem. Seguindo seu exemplo, comecei a pensar como entender o mundo a partir da ótica da informática. O computador, para funcionar, precisa de programas. Todos nós, para funcionarmos, também temos os nossos programas, que são chamados de DNA. Quando nascemos, temos um DNA no corpo. Cada bicho tem um DNA, cada vegetal tem um DNA. Por que aquela planta floresce na mesma época? Porque o seu DNA programou aquilo.


E uma coisa curiosa é que a natureza tem tendência para salvar - no sentido de computador - o DNA de cada espécie. Um exemplo: uma semente de eucalipto vai dar origem a outro eucalipto. Isso quer dizer que a natureza vai preservando o modelo, ela não se esquece. Cada semente é um DNA lançado para garantir que aquela forma não desapareça. Vamos dizer que do ponto de vista da natureza, a árvore pode ser mortal, mas o seu DNA não.


Aí eu pensei o seguinte: os seres humanos são os únicos seres vivos que têm o DNA defeituoso. O nosso programa não é um programa pronto. Os homens são os únicos seres vivos que têm a liberdade de inventar o seu próprio programa. Por esse motivo é que a gente inventa a culinária, a moda, a arte, a música, inventa a arquitetura, ou seja, nós não somos como plantas e animais que repetem. Nós temos capacidade de criar coisas novas. Aí pensei: se a natureza é tão cuidadosa em preservar as formas antigas, será que ela não vai ter um jeito de preservar aquilo que nós inventamos? Resolvi brincar com a idéia. Pura metáfora. Quem sabe não exista no universo um disco rígido, uma winchester de computador, que salva o que nós inventamos?


Assim, quando morrermos, aquilo ficará salvo, registrado. Então, eu poderia dizer que este disco rígido que grava é aquilo que as pessoas dão o nome de Deus. Só que tem uma coisa: na minha visão, este disco rígido não salva tudo. Ele só salva as coisas que tem a ver com o amor e que acabam ficando para a eternidade. Aquilo que nada tem a ver com o amor é deletado e esquecido, vai para a lixeira. Mas a lixeira não quer dizer inferno não (risos).


Isso que eu falei não é pra ser levado a sério...é um jeito de brincar com estas idéias.

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